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Os princípios de Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG) têm sido um tema central dos últimos dois anos nas reuniões anuais do Fórum Econômico Mundial, na Suíça. Funcionários, clientes, legisladores, investidores e ONGs têm uma expectativa crescente em relação ao impacto positivo das empresas na sociedade – desde questões relacionadas à justiça social e meio ambiente até a implementação de o-que-esperar-da-agenda-davos-2021ações de due diligence, focadas no combate a riscos para demonstrar o compromisso com o compliance.
Empresas que focam no ESG em seu negócio e em seus investimentos podem esperar alcançar os seguintes benefícios:
No último ano, a ESG deixou de ser tendência futura e passou a ser “a bola da vez”. Os investimentos em ESG bateram níveis recordes durante a pandemia. Por exemplo:
“A experiência de 2020 ajudará a afastar as preocupações de investidores de que investir em ESG significa abrir mão de ganhos, o que era uma barreira generalizada ao crescimento dos produtos ESG”, disse Stephen Tu, vice-presidente e executivo responsável pela área de crédito da Moody’s.
Uma força essencial da ascensão da ESG é o fato de as empresas terem percebido a importância da reputação e a necessidade de minimizar os riscos relacionados a ela. As empresas são elogiadas com frequência – ou criticadas – de acordo com seu histórico ESG nos jornais de todo o mundo.
Por exemplo: os tabloides do Reino Unido, incluindo o The Independent e o City AM, vem cobrindo uma campanha contra o banco britânico Barclays em relação a seus empréstimos a empresas de perfuração, centrais elétricas movidas a carvão e areia asfáltica.
A desatenção à ESG gera um risco elementar à reputação das empresas, mas também pode implicar em riscos financeiros, estratégicos e legais. As empresas, por esse motivo, deveriam garantir que estão tendo um impacto positivo nas questões relacionadas a ESG e exigir o mesmo de terceiros e fornecedores.
Mas como você pode saber se um terceiro – ou um investidor em potencial – está de fato comprometido com a ESG? Algumas das melhores maneiras de monitorar a ESG das empresas são:
Mafalda Duarte está à frente do Climate Investment Funds (Fundo de Investimento do Clima) com aporte de 8,3 bilhões de dólares, sediado no Banco Mundial. O CIF investe em iniciativas para contrabalancear as mudanças climáticas em países de renda baixa e média. Nós a entrevistamos durante a Agenda de Davos deste ano:
“A ESG e os investimentos em ESG são, sem dúvida, uma tendência importante. Os fundos sustentáveis superaram o mercado em 2020 – os dois fundos de ações americanos com maiores retornos em 2020, que triplicaram em valor desde o início da pandemia, investiram em energia limpa. Todos os sinais indicam que esta tendência continuará a crescer em 2021 e mais além. De fato, a BloombergNEF prevê que meio trilhão de dólares será investido na transição para fontes de energia renováveis neste ano.”
“Uma tendência relevante e animadora é que a próxima geração se preocupa muito com o meio ambiente e as mudanças climáticas. E eles não apenas se preocupam, mas esperam e exigem que os governos e executivos em cargos de direção ajam contra as mudanças climáticas. Eu frequento conferências no mundo inteiro, nas quais encontro jovens líderes e posso garantir a você que Greta Thunberg e o Movimento Sunrise não são exceções”.
Algumas empresas podem dizer: por que isso importa tanto no fim das contas? Talvez elas se esqueçam de que os jovens de hoje serão os políticos, legisladores, investidores, empregados e consumidores de amanhã. Mais do que qualquer outra geração, essa quer trabalhar, investir e comprar de empresas que tenham um impacto positivo no mundo que as rodeia. Se as empresas falharam em alinhar seu posicionamento com as questões climáticas, elas serão ignoradas e rejeitadas pela próxima geração. Inevitavelmente, se dirigirão à falência.
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